CISTOS E TUMORES
O conceito de cisto seria uma cavidade patológica atapetada de epitélio, contendo material líquido ou semissólido, sendo formados à custa do tecido epitelial, ou particularmente a partir de restos epiteliais embrionários. Por serem crônicos possuem um crescimento lento, assintomático, geralmente com integridade de mucosa, sendo detectados na sua maioria em exames radiológicos de rotina. O epitélio associado com a origem dos cistos odontogênicos pode ser derivado das seguintes estruturas:

CISTOS ODONTOGÊNICOS
1.Restos epiteliais da coroa dental;

2.Restos epiteliais de Malassez (células remanescentes do desenvolvimento das raízes dentárias localizadas dentro do ligamento periodontal);

3.Restos epiteliais de Seres (remanescentes da lâmina dental);

4.Do próprio germe dentário que inclui o esmalte, papila dental e saco dental.
Como já dito, a hipótese mais aceita que explica o mecanismo de formação dos cistos, é aquela que advoga seu início a partir da proliferação de restos epiteliais. Estes remanescentes epiteliais vão formando ilhotas, e, por ser este tecido avascular, as células centrais ficaram distanciadas do tecido conjuntivo vizinho, tendo sua nutrição dificultada. Em razão desta falta de suprimento, se degeneram e necrosam, liberando enzimas que se encarregam de digerir o próprio protoplasma celular, liquefazendo as células mortas e propiciando a formação de cavidades centrais. Estas cavidades possuindo conteúdo líquido ou semissólido, com maior pressão interna, por osmose, propiciam   a  entrada  de  líquidos   tissulares  vizinhos, gerando  um crescimento contínuo por expansão. Os cistos na sua expansão costumam respeitar corticais ósseas e raízes de dentes vizinhos, que são afastadas. Quando atingem certos volumes podem abaular a cortical óssea, sinal notado pela palpação sob pressão, sugerindo o contato com uma “bola de pingue-pongue” (crepitação papirácea).
Macroscopicamente apresentam-se como uma formação arredondada de aspecto viscoso, coloração róseo-avermelhada, sendo o conteúdo cístico geralmente estéril, de cor amarelo palha que pode ser turva quando contaminado.

Radiograficamente é caracterizado por uma área radio lúcida, de densidade homogênea, geralmente de forma arredondada ou ovalada, envolta por uma linha radiopaca, representativa de esclerose óssea, nem sempre visualizada em toda sua superfície.

Os cistos periodontais constituem o maior grupo dos cistos odontogênicos, associados às lesões inflamatórias iniciadas na polpa dentária.
Podem estar localizados na região peri apical (Apicais ou Radiculares), se desenvolverem lateralmente a uma raiz dentária (Laterais), ou ainda, como cistos que não foram retirados total ou parcialmente após a avulsão de dentes correspondentes, continuando sua evolução (Residuais).

Apical: é o cisto resultante de um estímulo inflamatório a partir de uma polpa dentária infectada, representando o cisto odontogênico de maior frequência (55%).
Assintomático, aparece na 3a ou 4a década, detectado radiograficamente onde se observa imagem radio lúcida de densidade homogenia, ovalada ou arredondada, relacionada a um ápice radicular intacto com rompimento da lâmina dura a este nível, sendo delimitada por uma linha de esclerose óssea radiopaca. As raízes dos dentes vizinhos podem estar afastadas ou raramente reabsorvidas. O tratamento depende se o dente for removido ou não, caso não seja removido deve ser feito tratamento pelo canal da raiz do dente; se for removido, o cisto geralmente sai com o dente ou desaparece, caso isto não ocorra à curetagem é necessária.
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